Bem no meio da casa nós criamos um jardim interno que setoriza o programa e organiza toda a circulação vertical e horizontal. O jardim não é como um átrio central, fechado de todos os lados, mas uma reentrância no volume principal da construção.

Vamos falar bastante de volumes. Volumetria. É uma maneira de enxergar massas — e de falar delas —, independentemente da forma específica que tenha sido desenhada. Sem mistérios. Não se intimide pelo jargão!
Então usamos uma pele de vidro pra limitar num certo ponto o interior e o exterior. Mas isso não limita a casa e o jardim. O jardim é interno & externo. Tudo é a casa.

Você entra na casa por um hall que distribui o acesso ao home office e de maneira mais discreta ao lavabo. O home office tem uma janela para o jardim interno e outra, uma grande porta de correr de vidro, voltada para a lateral de acesso ao quintal.

Veja bem. Se esse home office tivesse meramente uma janela virada pra esse recuo lateral, ele ia virar um corredor. Um espaço perdido. Agora, dessa forma, o corredor passa a ser um pano de fundo ajardinado para o home office, por onde vai passar alguém de vez em quando.
Isso é intenção. É conceito. É premissa. Faz parte do nosso partido arquitetônico. Dá coesão às nossas soluções de projeto.
A janela que está voltada para o jardim interno, por sua vez, vai integrar visualmente o home office à área social da casa. Mas de maneira filtrada, em meio às folhagens do jardim.
Quem não quer trabalhar num lugar assim?


