A esse tipo de processo de tomada de decisão — a identificação dos problemas a serem resolvidos, o endereçamento de uma solução para cada um dos problemas levantados — demos o nome de partido arquitetônico.
Você vai ouvir falar muito disso nas conversas entre arquitetos. É basicamente o que faz um projeto ser bom ou ruim. Simples assim.
“Pau que nasce torto nunca se endireita” — (aqui, vou te poupar da referência…!). Mas um projeto tem sim que começar direito. Precisa de um bom partido. Você vai avaliar seu projeto entendendo o partido. A resposta conceitual aos problemas estabelecidos.
Eu quero que você entenda que o processo de projeto de arquitetura é uma sequência decisões em rede. Cada decisão tomada, cada problema resolvido, gera outros problemas e outras decisões a serem tomadas.
De um certo modo, a gente pode escolher os problemas que quer colocar na mesa. Outros são postos. São dados. Mas a gente ainda pode decidir quais problemas são obrigatórios, prioritários ou supérfluos.
Chamamos esses problemas de condicionantes.
Em suma. O partido arquitetônico deve atender ao programa de necessidades ao mesmo tempo em que responde às condicionantes geográficas, construtivas, econômicas, ambientais, sociais e legais — pelo menos.
Na prática, eu acabo acordando com você que certos parâmetros do projeto são fixos e inegociáveis. Cláusulas pétreas do nosso quadro projetual.
Pra facilitar a conversa, vamos chamando de premissas essas partes do projeto que já ficam resolvidas. Podemos adequar partes do projeto para atender, mas não as nossas premissas.



